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" So gostam de mim aqueles que nâo me conhecem. Julgam conhecer-me e dizem ; gosto de ti. Mas porque eu sei que nâo me conhecem, eu sei que nâo gostam de mim. Aquilo ou aquele de que, gostam nâo sou eu, nâo tera sequer nada a ver comigo esse de que dizem gosto. Eu mesmo ja disse dia que um corpo (e entenda-se aqui corpo num sentido amplo, nâo num sentido puemente fisico) é espaço demasiado p conhecer.
Do que devera concluir-se que nem eu me conheço. Sei de mim coisas diferentes em tempos diferentes, existo talvez de modos tao diversos que em relaçao a mim sâo despropositadas as ideias que eu mesmo de mim vou fazendo - as ideias que faço daquilo ou daquele que vive em mim e eu tentei parar, mas que se esvai, me foge, talvez porque é constante mudança, talvez porque nao sou verdadeiramente mars do que movimento.
E sendo certo isto, como me parece que é, como poderia nâo ser certo que so gostam de mim aqueles que nao me conhecem ou, se se prefere, que aqueles que gostam de mim nao gostam verdadeiramente de mim ou, ainda, que nao é de mim exactamente que gostam ? E nao digo nem disse que gostariam de mim se me conhecessem - é possivel ou improvavel, muito pouco ou nada, nao sei, nao importa, nao se pode saber ".