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"Evocado dali, Portugal era uma quimera, näo existia talvez. Pequeno e lá longe, os que o levavam na memória näo estavam certos se viviam em realidade ou se sonhavam com a narração dos que tinham voltado das descobertas." "A Selva é um clássico da literatura portuguesa, uma daquelas obras que, como se diz hoje com fórmula vagamente eclesiástica, entra no cânone da literatura portuguesa." Luciana Stegagno Picchio Considerado um dos livros-monumento e de maior sucesso, dentro e fora de portas, da nossa literatura moderna, A Selva, notável epopeia sobre a vida dos seringueiros na selva amazónica durante os anos de declínio do ciclo da borracha, foi lida e amplamente elogiada por nomes que vão desde Jaime Brasil (Livro único na literatura de todo o mundo) a Agustina Bessa-Luís (obra-prima) e Jorge Amado (clássico do nosso tempo), não passando igualmente despercebida a grandes figuras da literatura internacional, como Albert Camus (estilo sinuoso e sugestivo, como uma vegetação exuberante de termos estranhos e maravilhosos.
Livro inesquecível), Blaise Cendrars (brilhante e ardente estilista), seu tradutor francês, ou Stefan Zweig (admirável romance).