O Antigo Testamento é um Livro Helenístico? - UCG EBOOKS, #2 - E-book - ePub

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 Niels Peter Lemche - O Antigo Testamento é um Livro Helenístico? - UCG EBOOKS, #2.
Neste ensaio, Lemche explora a possibilidade do Antigo Testamento ser um livro helenístico. Fruto dos desenvolvimentos da arqueologia de campo, o autor... Lire la suite
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Résumé

Neste ensaio, Lemche explora a possibilidade do Antigo Testamento ser um livro helenístico. Fruto dos desenvolvimentos da arqueologia de campo, o autor assinala como se volatilizou a ideia dos « israelitas » terem chegado do estrangeiro. Descendem antes dos canaanitas, a antiga população da Palestina. Quanto aos esplendorosos e bíblicos reinos de David e Salomão, não apareceu evidência da sua existência, tratando-se provavelmente de tardias criações literárias, do período do exílio babilónico (séc.
VI a. C.). A sociedade « israelita » só viria a desenvolver as características do « Israel » do Antigo Testamento num período muito tardio. Também a ideia bíblica do que seria a religião « israelita » tem muito pouco a ver com a realidade do período de 1000 a 500 a. C. Os traços da invenção de uma ancestralidade são muito evidentes. O relato da conquista no Livro de Josué, as narrativas patriarcais, a história sobre os israelitas no Egito e a sua fuga, são criações da diáspora.
Idealizam o (re)estabelecimento na Palestina de um grande reino judaico, sem fundamento num anterior império israelita. Nesta « história de Israel » o autor vê uma matriz grega que contempla múltiplas similaridades com as histórias de Heródoto. É patente os escritores-historiadores bíblicos estarem familiarizados com a tradição grega, familiaridade que terão adquirido ou aprofundado no período helenístico, com o desenvolvimento económico e cultural que se verificou.
Com base em considerações históricas e literárias, o autor debruça-se sobre o Livro de Samuel. A tradição bíblica e académica aponta para o ano 1000 a. C., mas a sua existência só é inequivocamente atestada em c.350 d. C., data do mais antigo Antigo Testamento, a tradução grega conhecida como Septuaginta, o Codex Vaticanus. Portanto, a primeira e mais sólida certeza é a de que o Livro de Samuel existe em 350 d.
C.; considerando a existência de fragmentos entre os Manuscritos do Mar Morto, o autor recua até ao séc. I a. C.; considerando que a Septuaginta é um produto da cultura helenística, recua até ao período helenístico. Mais linear é o Génesis, onde o autor destaca os aspectos claramente devedores de Tales de Mileto, pelo que a datação deve ser posterior ao séc. VI a. C. Por outro lado, existindo fragmentos entre os Manuscritos do Mar Morto, é possível estabelecer uma data anterior ao séc.
I a. C. Segundo o autor, o Antigo Testamento é evidência de que o período helenístico foi o momento formativo da literatura judaica. Intuição que virá informar posteriores estudos de Lemche e de outros autores, como Wajdenbaum e Gmirkin. A esta hipótese Lemche regressará 25 anos mais tarde em O Antigo Testamento é ainda um Livro Helenístico?

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