A História como Argumento para a Posse da Terra - UCG EBOOKS, #4 - E-book - ePub

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 Niels Peter Lemche - A História como Argumento para a Posse da Terra - UCG EBOOKS, #4.
À semelhança do que aconteceu com os Estados-nação que se formaram no Ocidente, também a criação do Estado de Israel foi acompanhada pela construção... Lire la suite
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Résumé

À semelhança do que aconteceu com os Estados-nação que se formaram no Ocidente, também a criação do Estado de Israel foi acompanhada pela construção de uma história nacional. Neste ensaio o autor identifica algumas ideias desta história: como « os judeus foram os primeiros ocupantes da Palestina », aqueles que « introduziram no país a civilização » e criaram na Palestina antiga « um Estado », um país que « só sob domínio ou governo judaico »; a ideia de que, mesmo em diáspora, « os judeus mantiveram uma relação contínua com a terra mãe que se prolongou por sucessivas gerações, orando pela sua redenção e preservando a memória do seu mapa e das suas características geográficas ».
A afirmação de que « o país remonta aos tempos bíblicos » é sintomática do amplo recurso que o moderno Israel faz do Antigo Testamento como fonte da sua legitimação. Esta história ensina-se nos bancos da escola, conformando uma memória nacional, factor de união de um povo e exclusão dos que lhe são estranhos, sobre o qual se alicerça a reivindicação do solo e se desqualificam as reivindicações de outros.
Porém, esta « estória » nada tem a ver com os requisitos da historiografia contemporânea. O autor começa por apontar contradições insanáveis, erros factuais e de apreciação. Não é compatível afirmar que o povo israelita conquistou a terra e que a ela sempre pertenceu; não se pode afirmar que os judeus trouxeram a civilização à Palestina quando uma invenção civilizacional maior como a invenção do alfabeto foi protagonizada pelos autóctones do sul do Levante; não se pode falar de domínio de milhares de anos sobre o território, quando o domínio « israelita » não durou mais de 200 anos, o do separado reino de Judá mais 135 anos, a que acrescem menos de 90 anos até ao domínio judaico da Palestina.
Lemche procede à crítica da historicização do Antigo Testamento e a uma crítica dos usos da « estória » bíblica apresentada como « história », com a qual circunscreve a própria história da antiga Palestina a breves séculos de independência israelita, fazendo uso de um texto da Antiguidade, legitimar a colonização da Palestina do Mandato Britânico por pessoas das mais diversas origens. Um dos problemas fundamentais do uso do Antigo Testamento, como base para a história da Palestina e para legitimar o moderno Estado de Israel, é que a maior parte do que aí se relata nunca aconteceu.
Nem houve exílio no Egito, nem conquista de Canaã, como também não houve exílio após a destruição do Segundo Templo, no séc. I d. C. As revelações da arqueologia, que nos seus começos se quis « bíblica », e dos estudos bíblicos propriamente críticos apontam em direções muito diferente da « estória » bíblica, a qual, sendo tributária da cultura grega, se constitui como um meio para a catequização de futuras gerações.

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