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Gabriela, a mulata com a cor da canela e o cheiro do cravo, ficará na literatura como uma formosa figura de mulher, simples e espontânea, acima do Bem e do Mal. Com o seu inigualável lirismo e inspiração poética, Jorge Amado cria personagens inesquecíveis, e o comovente romance de amor do árabe Nacib e da mulata Gabriela coloca-os, sem dúvida, na galeria dos amantes da História da Literatura. Sensual e inocente, sábia e pueril, a cozinheira Gabriela conquista não apenas o coração de Nacib e de uma porção de ilheenses, mas também o de leitores de vários paises e gerações.
Levada para a televisão, a sua história transformou-se numa das telenovelas brasileiras de maior sucesso pelo mundo fora. No cinema, o papel de Nacib é vivido por Marcello Mastroianni, e o de Gabriela por Sônia Braga, como já acontecera na novela. Publicado em 1958, Gabriela, Cravo e Canela recebeu no ano seguinte os prémios Machado de Assis e Jabuti. Pouco depois, em 1961, Jorge Amado seria eleito para a Academia Brasileira de Letras, em grande parte graças ao estrondoso sucesso do livro.
Traduzido para mais de trinta idiomas, este é o livro de Jorge Amado com o maior número de traduções. Foi adaptado a banda desenhada, cinema e televisão, onde registou um dos maiores éxitos de sempre, tanto no Brasil como em Portugal.