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Nos finais do século XIX, Portugal enfrenta a resistência do Estado de Gaza que domina todo o Sul de Moçambique. A coroa portuguesa, já a braços com o Ultimato da Inglaterra, não pode adiar mais uma ofensiva militar contra Ngungunyane, o imperador de Gaza. O desafio é claro : ou Portugal prova que domina efetivamente os territórios africanos ou perde-os a favor de outras potências coloniais. Em dezembro de 1895 um pequeno grupo de soldados portugueses, comandados pelo capitão Mouzinho de Albquerque, toma de assalto a povoação real de Chaimite e prende Ngungunyane.
Com o rei de Gaza são igualmente detidos o filho, Godido ; o tio e conselheiro Mulungo e o cozinheiro Ngó. Os portugueses autorizam o imperador a fazer-se acompanhar por sete das suas mais de trezentas esposas. Num outro local, na margem do rio Limpopo, prendem igualmente o chefe dos mfumos, o Nwamatibjane Zixaxa, que é enviado para o exílio juntamente com os presos da corte de Gaza. Zixaxa é deportado na companhia de três das suas esposas.
Com os presos segue Imani Nsambe, uma jovem negra que estudou numa missão católica e serve como tradutora das autoridades portuguesas. Imani está grávida de um sargento português, chamado Germano de Melo. E esta tradutora que narra os trágicos acontecimentos do final do reinado de Gaza. Neste último volume da trilogia, os prisioneiros embarcam no cais de Zimakaze e a lancha parte em direção ao posto de Languene.
Ali farão uma breve paragem para depois rumarem para o estuário do Limpopo e ali darem início à viagem marítima que conduzirá os africanos para um distante e eterno exílio.