Terá o Povo Judeu Sido Inventado?. UCG EBOOKS, #43
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- FormatePub
- ISBN978-989-9190-12-2
- EAN9789899190122
- Date de parution23/04/2025
- Protection num.Adobe DRM
- Infos supplémentairesepub
- ÉditeurKKYM + P.OR.K
Résumé
No quadro da recepção crítica do livro de Shlomo Sand, Como o Povo Judeu foi Inventado, aquando da sua publicação em França, em 2010, o historiador Maurice Sarte, eminente especialista da Antiguidade e da cultura greco-romana do Médio Oriente, vem manifestar-se relativamente à questão de fundo: desde quando se pode falar de um « povo judeu »?Perante esta questão, ao longo da história, entrecruza-se um vasto leque de preconceitos religiosos, ideológicos e opções políticas.
O livro de Sand responde, em perspectiva estritamente histórica, apurando duas ideias essenciais: não ocorreu qualquer diáspora judaica da Palestina no início da corrente era, na sequência da derrota das guerras judaicas; a expansão do judaísmo no mundo, e também no Ocidente, decorre da conversão de inteiros reinos e do proselitismo judaico. Maurice Sartre vem esclarecer e sublinhar os argumentos críticos apresentados.
Por um lado, Sartre reconhece a origem do « povo judeu » na advento da historiografia do século XIX e na construção das identidades nacionais; por outro, identifica como esteira a estigmatização levada a cabo, ao longo dos séculos, pelo cristianismo contra os judeus. Tais constituem os alicerces (cristãos) da pretensão sionista da milenar existência de um « povo » judeu. Mas, considera Sartre que a « pureza étnica », a partir da qual se idealiza a « invenção do povo judeu », esbarra no facto incontestável das conversões em massa ao judaísmo e do proselitismo, que tiveram lugar desde a Antiguidade.
Para este autor, a « pureza étnica » é assim uma ilusão. Aliás, para além de nunca ser reivindicada nos textos bíblicos, a diferenciação entre judeus e pagãos, a partir de Neemias e Esdras (no séc. IV a. C.), assenta na aceitação do preceitos e a prática da Lei, a Tora, jamais no primado da descendência. No que respeita ao « exílio dos judeus » após a segunda destruição do templo em 70 d. C., Sartre sublinha também que nem existiu uma decisão política ou administrativa do Império Romano neste sentido, como não há evidência histórica de que tal tenha acontecido.
A difusão e crescimento do judaísmo no mundo greco-romano - e não o exílio forçado - é sintomática da integração dos judeus nestes Impérios, da movimentação das pessoas no espaço alargado que configuram e dos referidos processos de conversão e proselitismo. Neste texto, conclui-se por fim que as religiões na Palestina, se desenvolveram em torno da proximidade do monoteísmo judaico e em regime de convivência, seguiu-se o forte florescimento do cristianismo, mais tarde ultrapassado pelo predomínio do Islão.
Foi assim que, de acordo com um longo e lento processo, continuaram a existir conversões religiosas entre pagãos, judeus, cristãos e muçulmanos. Só assim se explica, e como razão, a declaração de David Ben-Gurion, no início do século XX, « segundo a qual os verdadeiros descendentes dos judeus da Judeia são os palestinos (que se converteram ao islamismo, a partir de 638 d. C., abandonando em massa o cristianismo) ».
O livro de Sand responde, em perspectiva estritamente histórica, apurando duas ideias essenciais: não ocorreu qualquer diáspora judaica da Palestina no início da corrente era, na sequência da derrota das guerras judaicas; a expansão do judaísmo no mundo, e também no Ocidente, decorre da conversão de inteiros reinos e do proselitismo judaico. Maurice Sartre vem esclarecer e sublinhar os argumentos críticos apresentados.
Por um lado, Sartre reconhece a origem do « povo judeu » na advento da historiografia do século XIX e na construção das identidades nacionais; por outro, identifica como esteira a estigmatização levada a cabo, ao longo dos séculos, pelo cristianismo contra os judeus. Tais constituem os alicerces (cristãos) da pretensão sionista da milenar existência de um « povo » judeu. Mas, considera Sartre que a « pureza étnica », a partir da qual se idealiza a « invenção do povo judeu », esbarra no facto incontestável das conversões em massa ao judaísmo e do proselitismo, que tiveram lugar desde a Antiguidade.
Para este autor, a « pureza étnica » é assim uma ilusão. Aliás, para além de nunca ser reivindicada nos textos bíblicos, a diferenciação entre judeus e pagãos, a partir de Neemias e Esdras (no séc. IV a. C.), assenta na aceitação do preceitos e a prática da Lei, a Tora, jamais no primado da descendência. No que respeita ao « exílio dos judeus » após a segunda destruição do templo em 70 d. C., Sartre sublinha também que nem existiu uma decisão política ou administrativa do Império Romano neste sentido, como não há evidência histórica de que tal tenha acontecido.
A difusão e crescimento do judaísmo no mundo greco-romano - e não o exílio forçado - é sintomática da integração dos judeus nestes Impérios, da movimentação das pessoas no espaço alargado que configuram e dos referidos processos de conversão e proselitismo. Neste texto, conclui-se por fim que as religiões na Palestina, se desenvolveram em torno da proximidade do monoteísmo judaico e em regime de convivência, seguiu-se o forte florescimento do cristianismo, mais tarde ultrapassado pelo predomínio do Islão.
Foi assim que, de acordo com um longo e lento processo, continuaram a existir conversões religiosas entre pagãos, judeus, cristãos e muçulmanos. Só assim se explica, e como razão, a declaração de David Ben-Gurion, no início do século XX, « segundo a qual os verdadeiros descendentes dos judeus da Judeia são os palestinos (que se converteram ao islamismo, a partir de 638 d. C., abandonando em massa o cristianismo) ».
No quadro da recepção crítica do livro de Shlomo Sand, Como o Povo Judeu foi Inventado, aquando da sua publicação em França, em 2010, o historiador Maurice Sarte, eminente especialista da Antiguidade e da cultura greco-romana do Médio Oriente, vem manifestar-se relativamente à questão de fundo: desde quando se pode falar de um « povo judeu »?Perante esta questão, ao longo da história, entrecruza-se um vasto leque de preconceitos religiosos, ideológicos e opções políticas.
O livro de Sand responde, em perspectiva estritamente histórica, apurando duas ideias essenciais: não ocorreu qualquer diáspora judaica da Palestina no início da corrente era, na sequência da derrota das guerras judaicas; a expansão do judaísmo no mundo, e também no Ocidente, decorre da conversão de inteiros reinos e do proselitismo judaico. Maurice Sartre vem esclarecer e sublinhar os argumentos críticos apresentados.
Por um lado, Sartre reconhece a origem do « povo judeu » na advento da historiografia do século XIX e na construção das identidades nacionais; por outro, identifica como esteira a estigmatização levada a cabo, ao longo dos séculos, pelo cristianismo contra os judeus. Tais constituem os alicerces (cristãos) da pretensão sionista da milenar existência de um « povo » judeu. Mas, considera Sartre que a « pureza étnica », a partir da qual se idealiza a « invenção do povo judeu », esbarra no facto incontestável das conversões em massa ao judaísmo e do proselitismo, que tiveram lugar desde a Antiguidade.
Para este autor, a « pureza étnica » é assim uma ilusão. Aliás, para além de nunca ser reivindicada nos textos bíblicos, a diferenciação entre judeus e pagãos, a partir de Neemias e Esdras (no séc. IV a. C.), assenta na aceitação do preceitos e a prática da Lei, a Tora, jamais no primado da descendência. No que respeita ao « exílio dos judeus » após a segunda destruição do templo em 70 d. C., Sartre sublinha também que nem existiu uma decisão política ou administrativa do Império Romano neste sentido, como não há evidência histórica de que tal tenha acontecido.
A difusão e crescimento do judaísmo no mundo greco-romano - e não o exílio forçado - é sintomática da integração dos judeus nestes Impérios, da movimentação das pessoas no espaço alargado que configuram e dos referidos processos de conversão e proselitismo. Neste texto, conclui-se por fim que as religiões na Palestina, se desenvolveram em torno da proximidade do monoteísmo judaico e em regime de convivência, seguiu-se o forte florescimento do cristianismo, mais tarde ultrapassado pelo predomínio do Islão.
Foi assim que, de acordo com um longo e lento processo, continuaram a existir conversões religiosas entre pagãos, judeus, cristãos e muçulmanos. Só assim se explica, e como razão, a declaração de David Ben-Gurion, no início do século XX, « segundo a qual os verdadeiros descendentes dos judeus da Judeia são os palestinos (que se converteram ao islamismo, a partir de 638 d. C., abandonando em massa o cristianismo) ».
O livro de Sand responde, em perspectiva estritamente histórica, apurando duas ideias essenciais: não ocorreu qualquer diáspora judaica da Palestina no início da corrente era, na sequência da derrota das guerras judaicas; a expansão do judaísmo no mundo, e também no Ocidente, decorre da conversão de inteiros reinos e do proselitismo judaico. Maurice Sartre vem esclarecer e sublinhar os argumentos críticos apresentados.
Por um lado, Sartre reconhece a origem do « povo judeu » na advento da historiografia do século XIX e na construção das identidades nacionais; por outro, identifica como esteira a estigmatização levada a cabo, ao longo dos séculos, pelo cristianismo contra os judeus. Tais constituem os alicerces (cristãos) da pretensão sionista da milenar existência de um « povo » judeu. Mas, considera Sartre que a « pureza étnica », a partir da qual se idealiza a « invenção do povo judeu », esbarra no facto incontestável das conversões em massa ao judaísmo e do proselitismo, que tiveram lugar desde a Antiguidade.
Para este autor, a « pureza étnica » é assim uma ilusão. Aliás, para além de nunca ser reivindicada nos textos bíblicos, a diferenciação entre judeus e pagãos, a partir de Neemias e Esdras (no séc. IV a. C.), assenta na aceitação do preceitos e a prática da Lei, a Tora, jamais no primado da descendência. No que respeita ao « exílio dos judeus » após a segunda destruição do templo em 70 d. C., Sartre sublinha também que nem existiu uma decisão política ou administrativa do Império Romano neste sentido, como não há evidência histórica de que tal tenha acontecido.
A difusão e crescimento do judaísmo no mundo greco-romano - e não o exílio forçado - é sintomática da integração dos judeus nestes Impérios, da movimentação das pessoas no espaço alargado que configuram e dos referidos processos de conversão e proselitismo. Neste texto, conclui-se por fim que as religiões na Palestina, se desenvolveram em torno da proximidade do monoteísmo judaico e em regime de convivência, seguiu-se o forte florescimento do cristianismo, mais tarde ultrapassado pelo predomínio do Islão.
Foi assim que, de acordo com um longo e lento processo, continuaram a existir conversões religiosas entre pagãos, judeus, cristãos e muçulmanos. Só assim se explica, e como razão, a declaração de David Ben-Gurion, no início do século XX, « segundo a qual os verdadeiros descendentes dos judeus da Judeia são os palestinos (que se converteram ao islamismo, a partir de 638 d. C., abandonando em massa o cristianismo) ».