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Desde que o nervoso poeta iconoclasta Guerra Junqueiro atirou às ventanias tempestuosas da opinião pública vinte e oito sátiras com o rótulo de Velhice do Padre Eterno, as tais ventanias, irrompendo dos odres, começaram a rugir que o poeta é... ateu! Que o dissesse a clerezia, não havia que estranhar à sua boa fé nem à sua inteligência; mas que o digam, com gestos escandalizados, uns leigos - leigos em duplicado - críticos inéditos, mas mexeriqueiros esclarecidos de leituras teutónicas, isso é que me impele a defender, sem procuração, o poeta da calúnia de ateísta.